segunda-feira, 19 de outubro de 2015


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TRAJES TIPICOS DO NORDESTE

ROUPAS TÍPICAS NO NORDESTE

A cultura do Nordeste brasileiro é muito rica e repleta de ícones, como as baianas, os cangaceiros e os dançarinos de frevo. Todos esses personagens emblemáticos dacultura nordestina se destacam por suas roupas típicas.

Em primeiro lugar, é necessário reforçar que o Nordeste brasileiro é formado pelos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte,Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Entre as principais manifestações culturais da região, temos o frevo, uma dança típica do carnaval de Pernambuco. Nas cidades de Olinda e Recife é possívelver as roupas tradicionais dos dançarinos de frevo, como a famosa sombrinha colorida, a camisa justa ou amarrada, a calça de algodão fino, as saias femininas, os shorts sumários e os acessórioscoloridos.

Outro ícone da cultura do nordeste é o vestuário tradicional das baianas.
Essa roupa é vista entre as vendedoras de acarajés e também nos terreiros de candomblé. Essas roupas apresentambordados, detalhes coloridos, saias sem roda ou saias de brocado, batas, ojás na cabeça e fio-de-contas como acessórios.

Por fim, os cangaceiros também são lembrados por suas roupas típicas, quecontavam com vestuários e chapéus de couro, que eram usados como proteção contra a vegetação espinhosa da caatinga.


Roupas de festas típicas nordestina no Recife

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Modas do Nordeste

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Traje típico de determinada região do Nordeste

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A cultura da moda nordestina

As danças populares e o artesanato também são outros exemplos de patrimônios culturais

Publicado no Jornal OTEMPO, Caderno Pandora
 Tarcísio D’Almeida
Não somente o universo da música nordestina nos presenteou com cantores e compositores do calibre de Alceu Valença, Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Chico Science, dentre outros, mas também com a literatura de Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Ariano Suassuna, dentre tantos, orgulha-nos com suas sensibilidades interpretadas em canções e impressas nas páginas dos romances, crônicas e poemas. As danças populares e o artesanato também são outros exemplos de patrimônios culturais.
A área cultural da moda da região Nordeste do Brasil tem poucos nomes celebrados no cenário nacional e internacional. Mas esse quadro está mudando graças à realização da principal semana de moda da região, a Dragão Fashion Brasil (DFB), em Fortaleza (CE), a qual direciona e objetiva seus spots para a potencialização dos criadores regionais e que, na edição 2011, propõe o tema Artesanias: Identidades da Moda. O DFB, que tem esse nome por ter sido idealizado para acontecer no Centro Cultural Dragão do Mar, tem trilhado uma trajetória de descobertas e investimentos no traço autoral e conceitual dos criadores de moda da região, responsável por boa parte da autêntica produção com assinatura cultural do país e autoral no desenvolvimento das coleções.
Por mais que conheçamos alguns nomes como os estilistas pernambucanos Eduardo Ferreira, Walério Araújo, Melk Zda e Gustavo Silvestre; os baianos Gloria Coelho, Márcia Ganem e Marcelu Ferraz; o cearense Weider Silveiro; os quais desfilam (ou desfilaram) em semanas como SPFW, Casa de Criadores e Fashion Rio, a boa notícia é podermos assistir à evolução e à maneira diversificada de se criar moda com verve criativa e autêntica de criadores que sabem como traduzir traços culturais de suas terras e povos nos processos criativos da moda, tornando-a única (por não ter medo de assumir seus traços e identidades), mas também global e acessível (tanto no sentido estético como mercadológico por conceber moda com DNA do nosso país que adquire êxito também no mercado externo).
Pensando dessa maneira, vimos emergir nas passarelas nomes lançados e já celebrados pelo DFB, como o cearense Mark Greiner, além dos novos talentos, como o baiano Tarcisio Almeida e o cearense Lindebergue Fernandes. Outro palco para jovens criadores nordestinos é o Rio Moda Hype (RJ), que tem em seu line-up o piauiense Martins Paulo, além dos baianos Vitorino Campos e Alexandre Guimarães. Mas não podemos nos esquecer de um grande precursor, o baiano Ney Galvão, que, nos anos 1970, interpretou a vitalidade do povo brasileiro em suas visões de moda. Que tal criarmos a Semana de Moda do Nordeste do Brasil?
Tarcisio D´Almeida é professor e pesquisador do curso Design de Moda da Escola de Belas Artes, da Universidade Federal de Minas Gerais (EBA-UFMG). tarcisiodalmeida@eba.ufmg.br. Ele divide este espaço com Susanna Kalhs e Jack Bianchi.